Inspiração da semana – O bucólico que encanta.

Umas das coisas que eu mais amo na vida é que ela se renova e se redefine dia após dia. Sempre tem algo novo, sempre tem uma surpresa, e nessas idas e vindas a gente descobre novas paixões a cada momento. Mas nesse vai e volta, existem aquelas coisas que nos encantam sempre, desde a infância e vão conosco até o fim da vida. Afinal acabam sendo parte de quem somos. E uma das coisas que mais me encantam são lugares e cantinhos Bucólico, eles realmente tem um pedaço enorme do meu coração!

Acho que já falei para vocês nesse post aqui, que umas das viagens dos meus sonhos é uma Road Trip pela Itália. E é exatamente por isso sabe?! Porque para mim muitos cantinhos lá devem ter essa vibe bucólica.Onde a vida passa mais devagar, mais sossegada, como no balanço de uma rede, sabe como?!

Eu acho que eu mesma tenho andado extremamente Bucólica nesse último mês, mas é que a vida é tão fabulosa né?! Que ela precisa e deve, dia a dia ser brindada. Não consigo mais olhar para a vida sem ser com amor e gratidão.

Eu sempre fui apaixonada pelo antigo, porque para mim independente do que for conta uma história. É como se o tempo tivesse parado e nos fosse permitido viver de novo, todas aquelas histórias, e torna-las nossas nem que seja por um momento.

Quer me levar num lugar e ter certeza que eu vou amar? É só me carregar para um cantinho que parece ter parado no tempo, pronto me ganhou! É por isso que Buenos virou amor, de todo o coração. Me sinto dentro de Meia Noite em Paris, andando em San Telmo a noite. Como se o tempo tivesse parado e você pudesse ver dentro dos Café Notáveis o bom e velho tango sendo tocado ao redor de uma mesa, enquanto aguardam o horário para ir assistir a mais espetáculo no Colón.

Se, permitido me fosse voltar no tempo, eu iria até colinas, aquelas a lá Heathcliff, ou talvez gostaria de passar uns dias em Versailles com Maria Antonieta, talvez vagando pelos vinhedos da Itália, ou ainda pela Inglaterra de Jane Austen. Ou quem sabe, em uma cidadezinha pequena aqui do Brasil, daquelas com um praça onde tudo acontecia, e onde todo mundo estava sempre junto, bem no estilo Chocolate com Pimenta, lembram?!

Eu não sei porque, nem onde surgiu essa paixão pelo antigo, pelas coisas com história, pelos cantinhos que parecem ter parado no tempo, mas é desde de criança que isto me encanta. Um dos filmes que eu mais gostava de ver era O Jardim Secreto, lembram desse?! Vocês não tem noção de como aquele filme sempre me encantou, a ideia de um jardim escondido, perdido no tempo, soava como mágica para mim. E eu sempre imaginava que quando eu tivesse uma casa, ia querer assim, um canto com um jardim escondido. Bem grande e lindo, com arquitetura clássica, que parecesse ter saído de um livro, se tivesse um portão de ferro preto, melhor ainda!

Eu espero sempre, ansiosamente, por dias assim, por cantos assim. É a minha forma pessoal de viajar no tempo, de acalmar a alma e a mente. Em cada casa antiga, em cada estrada de chão eu consigo enxergar um momento e uma história. Talvez exatamente naquele lugar uma nova história de amor começou, em uma estrada no meio do nada. Ou então naquela casa, em uma tarde de chuva uma garota sentou embaixo da janela e abriu um livro, com seu vestido a lá 1800. Por ventura a iluminação dali era feita por lamparinas, as malas carregavam histórias vindo de algum cantinho oriundo da Europa.

Em uma certa noite quando criança eu desenhei minha casa, estava em frente da TV, e comecei a rabiscar meu lar doce lar dos sonhos. Uma casa com varanda ao redor dela toda para poder colocar cadeiras e rede, só para poder sentar e ler um livro apreciando uma tarde de sol. E na frente uma porta dupla de madeira, para que a casa estivesse sempre aberta, e janelas, muitas janelas grandes e livres de grade, com muita e muita iluminação natural. Assim, o sol sempre teria espaço para entrar, e nos dias de chuva seria o melhor lugar para sentar e ler um livro, ouvindo o barulho das gostas caindo lá fora.

Uma estradinha cheia de flores, que leva o caminho a lugar nenhum. Um gramado atrás de casa com uma grande árvore e uma mesinha redonda embaixo, para poder tomar um chá no fim de tarde. Poder acompanhar a calmaria da vida, poder deitar na grama e ver as estrelas, estar no silêncio que permite ouvir o vento, ter uma árvore para poder encostar e ler um livro. Dar tempo ao tempo, dar tempo a vida, dar tempo ao silêncio. Saber apreciar o balanço da rede, um jardim escondido, poder correr com o cachorro, poder ver uma criança rolar grama abaixo. Poder ver, poder ouvir, poder sentir – a VIDA!

Vou deixar com vocês essa música, sempre lembro dela quando vejo cantinhos assim. Ela é gostosa de ouvir, sabe como?! Deem play, e acessem o resto das imagens no Pinterest, nessa pastinha aqui – Buscavam uma vida simples. Que o final de semana de vocês assim, paz, calmaria e muito lindo! Beijo grande a vocês, com cheiro e afago de aconchego, bem bucólico, como uma viagem no tempo e nas boas lembranças.